hoje tem sacanagem?

 

Procurava uma garrafa de azeite para presentear um amigo. Encontrei com um cara que eu conheci no último sábado de Belém. Alisou o cabelo. Como todas as pessoas, principalmente as mulheres, estão fazendo. Achei horrível. Gostava do cabelo dele duro.

Jaqueline está quase tendo um novo bebê. Bebíamos eu, Sato e Jackie depois de sairmos do teatro. Falamos de preconceito, tortura e filosofia. Levamos o Sato até o ponto de ônibus. Um cara de bigode me olhando. Atravessou a rua. Posso falar com você? Falar o que? Blá, blá, blá… Beijos. Vamos para outro lugar? Beijos. Caminhamos, conversamos e o mais importante beijos. Muitos pêlos. Ele era muito peludo. Levei ele até a rua onde ele estava hospedado. Caminho para casa. Encontro o Rique de skate. E aí está a fim de beber? Estou com uns caras ali na praça. Eeee, conversa, conversa. Um deles era de Pernambuco. Os dois foram presos por assassinato. Falamos de drogas, preconceito contra nordestino e violência. São Paulo e violência. O Sudeste não é nada do que eu pensei, disse um dos caras. Fomos para a pista de skate encontrar com a galera roqueira. Falei para caralho. Repressão, história e direito e música, filosofia… Fomos para casa. Encontro um outro coroa que eu fico de vez enquanto. Minha casa. Sexo ruim. Desci, bebi com Vaguinho e depois de me entupir: Quer jantar? Quer dormir na minha casa?

Acordei com a Vaguinho na minha cama. Uma cena linda. Toquei uma punheta. Não estava pensando nele. Pensava em nada. Acordei com tesão e quis me masturbar.

Trabalho. Termino, corro atrás de garrafa de azeite para meu chef favorito. As pessoas nos bares do centro. Todas iguais e todas lindas. Tortura total se vestir como todos os outros, fazer dieta, alisar cabelo, fazer chapinha, comprar sapatos caros. Joguei meu cabelo duro e tirei minhas algemas.

Deixe um comentário